segunda-feira, 29 de agosto de 2011

CATEDRAL SÃO JOÃO BATISTA – SANTA CRUZ DO SUL- RS.

Localizada na zona central da cidade, em frente à Praça Getúlio Vargas, a catedral São João Batista é um dos maiores templos da América do Sul em estilo neogótico tardio. Suas dimensões são: 80 metros de comprimento, 38 metros de largura, 26 metros de altura na nave central e suas torres alcançam 82 metros.

A construção começou em 1º de fevereiro de 1928 sob a orientação de Simão Gramlich, autor do projeto, e posteriormente sob liderança do engenheiro Ernesto Matheis.
 Em 2 de agosto de 1936 a igreja foi entregue ao culto público, mas o acabamento da obra só ocorreu em 1977 com a construção de duas torres maiores e 66 menores, além da colocação do reboco do lado leste. Um dos vitrais foi construído pelo engenheiro alemão José Germano Stammel.

Desde 1959, com a criação da diocese de Santa Cruz do Sul com jurisdição sobre diversos municípios, a igreja passou a se chamar Catedral São João Batista. A primeira Igreja Católica foi construída em 1863 e o primeiro padre foi Manoel José da Conceição Braga, em 1860.
 A pintura existente atrás do altar chama-se "Grupo da Cruz", tendo como autor Arno Seer e, posteriormente, Roman Riesch. O custo da catedral foi de mil réis. Endereço: Rua Ramiro Barcelos s/nº - Tel.: (51) 3711-3622
 Nota: O engenheiro alemão José Germano Stammel, avô de Dagmar Leila Zamboni,  construiu a Igreja Católica de Santo Cristo, com seus belíssimos vitrais, além de projetar o trajeto das ruas principais de Santa Rosa, baseado na “Rosa-dos-Ventos” e outras obras importantes na região Noroeste.

 A rosa-dos-ventos é um instrumento de orientação baseado nas quatro direções fundamentais e suas intermediárias. A rosa-dos-ventos corresponde à volta completa do horizonte e surgiu da necessidade de indicar exatamente uma direção que nem mesmo os pontos intermediários determinariam, pois um mínimo desvio inicial torna-se cada vez maior, à medida que vai aumentando a distância.
Assim, praticamente todos os pontos na linha do horizonte podem ser localizados com exatidão. Cada quadrante da rosa-dos-ventos corresponde a 90º: considera-se o norte a 0º; o leste a 90º; o sul a 180º, o oeste a 270º, e novamente o norte a 360º.

Editado por: Edison Vitor Franco.


TURISMO NO MUNDO

TURISMO NO CONTEXTO INTERNACIONAL, NACIONAL E ESTADUAL.
1. O período de crescimento da economia mundial, entre 2000 e boa parte de 2008, aumentou substancialmente o fluxo turístico internacional. Após um declínio em 2009, as chegadas internacionais de turistas aumentaram significativamente em 2010.
 2. Segundo dados da Organização Mundial do Turismo, entre 2000 e 2010, as chegadas internacionais cresceram 37,1%, a uma taxa média de 3,2% a.a., alcançando 935 milhões de turistas em 2010. Desse total, o market share da América do Sul é de 2,51%, e o do Brasil, de apenas 0,55%.
 3. Salienta-se que, nos últimos anos, o crescimento do turismo mundial tem sido acompanhado pela redistribuição dos visitantes nos continentes, sendo que, no caso brasileiro, o turismo receptivo tem apresentado resultados satisfatórios no que se refere à vinda de estrangeiros e, consequentemente, à entrada de divisas. Percebe-se, ainda, que o ambiente macroeconômico e a perspectiva do turismo internacional para curto e médio prazos atuam como fomentadores da atividade no país, incentivando a oferta de novos produtos e serviços turísticos e a geração de receita proveniente da atividade.
 TURISMO NO BRASIL
 4. Em 2010, de acordo com o Anuário Estatístico do Turismo, divulgado pelo Ministério do Turismo, o Brasil recebeu mais de 5,16 milhões de turistas não residentes no país (360 mil visitantes a mais do que em 2009), que, segundo dados do Banco Central, gastaram US$ 5,92 bilhões (representando um crescimento de 11,6% em relação ao ano de 2009), o que reforça a importância do turismo como atividade econômica relevante geradora de divisas para o país.
A) Entende-se por chegadas internacionais a entrada de turistas estrangeiros em outro país que não o seu de origem, incluindo entradas por via aérea, terrestre e aquaviária.
 5. Outro aspecto importante em relação a esse cenário positivo para o turismo no Brasil é a participação significativa do país, que, em 2010, foi o 9° colocado no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA), relativo aos maiores captadores de eventos internacionais no mundo.
 6. Quanto aos voos, o Brasil obteve o recorde histórico de desembarques, tanto em voos internacionais quanto nos nacionais. Percebe-se que a partir de 2004 o número de desembarques nacionais apresentou crescimento expressivo e sempre a taxas maiores do que o número de desembarques internacionais, dada a melhora do poder aquisitivo do mercado doméstico e sua maior demanda por atividades turísticas e de negócios.
 7. Segundo dados do Anuário Estatístico de Turismo, o Rio Grande do Sul recebeu um total de 653.622 turistas em 2010, frente a 613.274 em 2009, representando um acréscimo de aproximadamente 7% no fluxo de turistas internacionais no Estado.
Um dado importante a respeito desse fluxo é que 558.851 desses turistas ingressaram no Estado via acesso terrestre, o que ressalta a importância do modal rodoviário para a expansão da atividade. Desse total, 549.633 passageiros são provenientes da América do Sul, com destaque para Argentina (406.441), Uruguai (134.640) e Chile (4.550). Ressalta-se ainda que, dentre os principais destinos emissores de turistas estrangeiros para Porto Alegre, em 2010, estão a Argentina (24,2%), os Estados Unidos (15,6%) e o Uruguai (10,6%).
 8. Em relação à característica do turismo no Estado, a Pesquisa FIPE/Ministério do Turismo de 2007 aponta o Rio Grande do Sul como a Unidade da Federação com predominância emissiva, sendo a 3ª maior no país, atrás de São Paulo e Minas Gerais. A pesquisa demonstra também que 72% do fluxo emissivo fica no próprio estado, representando aproximadamente 10 milhões de viagens ao ano, enquanto 13% se destina ao Estado de Santa Catarina e os demais se dividem, principalmente entre Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. No que se refere ao turismo receptivo, constata-se que o Rio Grande do Sul recebe principalmente turistas de SC, PR, SP e RJ.
 9. No que diz respeito aos desembarques nacionais, percebe-se que o Rio Grande do Sul vem ampliando gradualmente sua participação. Entre os anos de 2000 e 2010, o número de desembarques de passageiros em voos domésticos passou de 1.133.129 para 2.933.522, representando uma variação média de 9%.
 10. Em relação ao transporte aéreo internacional, entre os anos de 2000 e 2010, o número de desembarques de passageiros no Rio Grande do Sul mais que dobrou. Nesse período, constata-se significativa queda em 2005, impulsionada pela crise da Viação Aérea Rio-Grandense (VARIG). A partir de 2006, percebe-se crescimento constante, exceto no ano de 2009, quando os dados novamente registraram redução, com os efeitos da crise econômica internacional. Vale também ressaltar que, no ano de 2010, o número de desembarques de passageiros alcançou o patamar mais alto da série histórica.
 11. Com relação às ligações aéreas, verifica-se que o Rio Grande do Sul conta com nove aeroportos com voos regulares, sendo eles:
    Aeroporto Internacional Salgado Filho (Porto Alegre);
    Aeroporto Regional Hugo Cantergiani (Caxias do Sul);
    Aeroporto de Santa Maria (Santa Maria);
    Aeroporto Lauro Kurtz (Passo Fundo);
    Aeroporto de São Sepé (São Sepé);
    Aeroporto Internacional Rubem Berta (Uruguaiana);
    Aeroporto de Santa Rosa (Santa Rosa);
    Aeroporto Regional de Rio Grande (Rio Grande);
    Aeroporto de Erechim (Erechim).
    12. Desses aeroportos, seis operam apenas voos regionais, enquanto os aeroportos de Passo Fundo e Caxias operam somente voos nacionais. Vale ressaltar que o aeroporto de Porto Alegre é o único que opera voos nacionais e internacionais regulares.
13. No Aeroporto Salgado Filho, os principais voos diretos interestaduais existentes são: Região Sul: Curitiba, Navegantes, Florianópolis e Foz do Iguaçu;Região Sudeste: Guarulhos, Congonhas, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro (Santos Dumont e Galeão) e Belo Horizonte; Região Centro-Oeste: Brasília e Goiânia.
14. Quanto aos voos internacionais, o aeroporto de Porto Alegre possui ampla oferta de voos diretos para destinos como: Buenos Aires, Rosário, Córdoba e Montevidéu, Santiago, Punta Del Leste, Lima, Cidade do Panamá e Lisboa. Ressalta-se ainda que tanto para voos nacionais quanto para internacionais Porto Alegre dispõe de voos com escalas e conexões nos principais aeroportos do país.
15. Nota-se que o aeroporto Salgado Filho possui boa capilaridade em ligações aéreas com os países fronteiriços e que, nos últimos anos, o número de voos internacionais regulares de longa distância tem aumentado. Além disso, destaca-se também a presença de ligações com estados do Sul e Sudeste. No entanto, constata-se a ausência de ligações aéreas com aeroportos do Norte e Nordeste do Brasil, que são potenciais regiões emissoras.
 OFERTA E SERVIÇOS TURÍSTICOS
16. O Estado do Rio Grande do Sul possui 11 regiões turísticas e 23 microrregiões, definidas pela Secretaria de Turismo do Estado, a saber:
Região Grande Porto Alegre (Microrregiões Porto Alegre e Delta do Rio Jacuí e Vale do Rio dos Sinos);
Região Litoral Norte Gaúcho (Microrregião Litoral Norte Gaúcho);
Região Serra Gaúcha (Microrregião Campos de Cima da Serra, Microrregião Hortênsias, Microrregião Rota das Araucárias, Microrregião Uva e Vinho e Microrregião Vale do Paranhana);
Região Hidromineral (Microrregião Cultura e Tradição, Microrregião Rota das Águas e Pedras Preciosas e Microrregião Termas e Lagos);
Região Yucumã (Microrregião Rota do Yucumã);
Região Missões (Microrregião Rota do Rio Uruguai e Microrregião Rota Missões);
Região Pampa Gaúcho (Microrregião Campanha e Microrregião Fronteira Gaúcha);
Região Central (Microrregião Central);
Região Rota das Terras (Microrregião Rota das Terras);
Região Vales (Microrregião Vale do Caí, Microrregião Vale do Rio Pardo e Microrregião Vale do Taquari); e
Região Costa Doce (Microrregião Centro Sul e Microrregião Sul).
 17. Dentre essas regiões há uma ampla possibilidade para o desenvolvimento dos segmentos turísticos, como, por exemplo: turismo de negócios e eventos, turismo náutico, turismo de aventura, turismo cultural, ecoturismo, turismo rural, enoturismo, turismo de sol e praia, entre outros.
 18. O Estado do Rio Grande do Sul, composto por 496 municípios, possui 1.553 hotéis e similares, e 282 outros tipos de alojamento (totalizando 1.835 meios de hospedagem), 764 agências de viagens e 26 empresas operadoras de turismo, de acordo com levantamento da Relação Anual de Informações Sociais – RAIS, referente ao ano de 2010.
19. No que concerne ao número de meios de hospedagem, destacam-se os seguintes municípios: Porto Alegre – 269 (correspondentes a 14,66% do total estadual), Gramado – 123 (6,70%), Canela – 48 (2,62%), Torres – 48 (2,62%),Caxias do Sul – 44 (2,40%), Pelotas – 44 (2,40%), Passo Fundo – 43 (2,34%), Rio Grande – 39 (2,13%), Canoas – 37 (2,02%) e Santa Maria – 35 (1,91%). Como se pode verificar, os 10 municípios listados (entre os quase 500 existentes), que possuem maior número de meios de hospedagem, representam 39,78% do total estadual de empresas.
 20. Quanto ao número de agências de viagens, cabe ressaltar os 10 seguintes municípios: Porto Alegre – 249 (32,59% do total estadual), Caxias do Sul – 48 (6,28%), Novo Hamburgo – 34 (4,45%), Santa Maria – 22 (2,88%), Gramado – 20 (2,62%), Bento Gonçalves – 17 (2,23%), Santa Cruz do Sul – 16 (2,09%), Erechim –15 (1,96%), Passo Fundo – 14 (1,83%) e Lajeado – 14 (1,83%). Conclui-se, portanto, que em apenas 2% do total de municípios do Estado estão localizadas 449 agências de viagens, que correspondem a 58,77% do total dessa Unidade da Federação.
 21. Bem menor é o número de operadoras de turismo, valendo salientar somente cinco municípios: Porto Alegre – 7 (26,92% do total estadual), além de Caxias do Sul, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Planalto – todos com duas operadoras cada (7,69%). Logo, pode-se concluir que em apenas 1% dos municípios estão localizados 15 estabelecimentos, representando 57,69% do total do Rio Grande do Sul.
 22. Ressalta-se que as empresas relacionadas com o setor de turismo estão concentradas em poucas cidades, o que aponta para a dependência das demais cidades da prestação de serviço externa, limitando o desenvolvimento do setor de forma mais igualitária pelo Estado.
Fonte: Governo do Estado do Rio Grande do Sul-Secretaria do Turismo.
Editado por: Edison Franco.