Para aqueles que não
acompanharam a criação da Nação Missioneira - documento firmado no dia dos 403
anos das Missões - 29.12.2012.
Um ano depois da assinatura do documento de
criação da Nação Missioneira, ocorrida em 29 de dezembro de 2012, as
comunidades dos 30 Povos das Missões do Rio Grande do Sul, situadas no Brasil;
Missiones e Corrientes situadas na Argentina; Itapua e Missiones situadas no
Paraguai estabeleceram (decidiram criar uma bandeira para o uso comum) uma
bandeira comum. A bandeira foi elaborada na cor avermelhada para lembrar a
terra ensanguentada pelo sangue do povo missioneiro ocorrido nas guerras. No
centro dela está a Cruz Missioneira, na cor dourada para referendar a lembrança
do Cristo ressuscitado.
No dia 29 de dezembro de 2013 ocorreu o evento de instituição do símbolo da Nação Missioneira. Esta data foi escolhida por se tratar do dia da comemoração dos 404 anos das Missões em San Ignácio Guazú, primeira Redução Jesuítico-Guarani, fundada em 1609. A cerimônia foi coordenada pelo Provincial dos Jesuítas, Alberto Luna, sendo que na ocasião foi celebrada uma missa festiva e também a benção da Bandeira.
Na sequência das comemorações, após a apresentação da orquestra local então foram distribuídas as bandeiras para cada região missioneira: Brasil, Argentina e Paraguai.
![](http://2.bp.blogspot.com/-mU5cSuVQVnE/Usmb4Xws4ZI/AAAAAAAAyNM/lVB3ezN_Ov0/s400/882053_654113141298577_7184999_o.jpg)
Momento após a Missa de Benzimento da Bandeira da Nação Missioneira. [San Ignácio Guazú, no dia dos 404 anos das Missões - 29.12.2013] — com Carlos Bedoya, Julio César Vázquez, José Roberto de Oliveira e Eduardo Alfredo Galeano.
Deste modo mais de um milhão de
Missioneiros, distribuídos nos três países, agora têm um símbolo comum que é a
Bandeira da Nação Missioneira. Sua criação foi inspirada no período da Guerra
Guaranítica, ocorrida entre 1754 e 1756. Entre os destroços de Guerra foram
encontradas várias bandeiras na Batalha de Caiboaté, conforme os relatórios
oficiais, tanto do exército português como dos espanhóis, os nativos usaram a
bandeira como símbolo máximo da luta missioneira contra as forças opressoras
externas.
A ideia de Nação Missioneira acena para o
pertencimento de uma cultura e origem comum (étnica), histórica e de
sentimentos de amor à identidade, portanto não poderá ser confundida com a
ideia referência a um novo país. “Uma das características essenciais de Nação é
que não necessita de um território próprio e nem governo soberano, é essencial
um coletivo de pessoas com origem e destino comum, unidos por uma história”.
Visitando os 30 Povos Missioneiros são
possíveis verificar a mesma origem, traços comuns do modo de ser e vontade de
resgatar e preservar uma história que se estende até à atualidade. Basta que se
recorde os 160 anos quando foi vivida uma das mais belas experiências da
humanidade, citada expoentes da História e da Filosofia. Voltaire denominou de
“Triunfo da Humanidade”, Montesquieu como “Primeiro Estado Industrial da
América”. Charlevoix e Muratori como um modelo sem precedentes de sociedade
cristã.
Posteriormente mente a revista Lês Lettres
Edificantes et Curieuses, dirigida pelos jesuítas, comparava os guaranis aos
primeiros cristãos e descrevia suas comunidades como a ‘realização ideal do
cristianismo’. O Abade Carbonel definiu como “coletivismo espontâneo”. Pablo
Hernandez na Organización Social de lãs Doctrinas Guaranies escreveu que o
maravilhoso surgia a cada passo. O filósofo Rayal registrou: “Aí se observavam
as leis, reinava uma civilidade exata, os costumes eram puros, uma fraternidade
feliz unia os corações, todas as artes de necessidade estavam aperfeiçoadas. A
abundância era ai universal, teve a graça das crianças, uma pureza repleta de
candura. O mundo novo que estamos procurando realizar não pode menosprezar a
lição fornecida”.
![](http://4.bp.blogspot.com/-j66iY7A28-w/UtCgc3qxCPI/AAAAAAAAyOE/geDeI56LMYE/s1600/1549521_656600141049877_1921051339_n.jpg)
A bandeira poderá infundir o “Orgulho de ser Missioneiro” por recordar a irmandade com os missioneiros do outro lado do rio Uruguai e do rio Paraná, ou seja, com os argentinos e os paraguaios. Que a bandeira missioneira ultrapasse o pensamento que a história mais recente construiu, da visão de povos inimigos. Cada um de nós poderá refazer as ideias de Roque Gonzáles de Santa Cruz, Antônio Sepp, Sepé Tiaraju e tantos outros protagonistas da construção desta história da qual hoje ainda fazemos parte, pois assim poderemos compartilhar o sentimento de “gente de uma mesma nação”, nossa Nação Missioneira.
AMIGOS: ESTA É A BANDEIRA DA NAÇÃO MISSIONEIRA; AJUDEM A DIVULGAR.
A Bandeira da Nação Missioneira na Redução de São João
Batista - Primeira fundição de aço da América e local da criação da Harpa
Paraguaia. — com Eduardo Alfredo Galeano, José Roberto de Oliveira e Luis
Ernesto Noriega.
A Bandeira da Nação Missioneira em frente a Catedral em
Santo Ângelo, a última das reduções dos 30 Povos. “O Caminhantes do Caminho das
Missões estavam chegando naquele momento”. — com Caminho Das Missões, Eduardo
Alfredo Galeano José Roberto de Oliveira e Luis Ernesto Noriega.
Fonte: José Roberto de Oliveira:
E-mail: joseroberto_deoliveira@yahoo.com.br
fone: 55.9638.6360.
Editado por Edison Franco.