quinta-feira, 28 de agosto de 2014

CCJ APROVA PROJETO DE REDECKER QUE VALORIZA TURISMO

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade, na manhã desta terça-feira (26), o parecer favorável ao projeto de resolução 10/2014, do deputado estadual Lucas Redecker, que inclui o termo turismo na nomenclatura da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável. O projeto ainda precisa ser votado em plenário, mas caso seja aprovado, vai alterar o nome da comissão para Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo.
O projeto faz parte do plano de trabalho que Redecker está desenvolvendo junto a Frente Parlamentar do Turismo, por ele criada em abril e que tem por objetivo valorizar e estimular o potencial que esse segmento tem no Rio Grande do Sul. Atualmente, o parlamentar também está promovendo a revisão e consolidação de todas as leis ligadas ao turismo, com o objetivo de criar o Código do Turismo no RS, um trabalho inédito que vai unificar e modernizar a legislação vigente.

No parecer, o relator, deputado Frederico Antunes, manifestou-se favoravelmente ao projeto dizendo que ele não fere o Regimento Interno da AL e que não há impedimento legal para a aprovação da proposta. “Cumpre salientar que o presente Projeto de Resolução, afigura-se em plena sintonia com os termos contidos nos arts. 179, inciso V, 180, inciso III e 181, incisos V e VI todos do Regimento Interno deste Parlamento. Ademais, o art. 225 do RIAL estabelece que, compete, a qualquer Deputado, Comissão Permanente ou à Mesa, a iniciativa de propor, projetos de resolução objetivando modificar o Regimento Interno. Desta forma, inexistindo óbices de ordem constitucional ou legal, nem vícios de qualquer natureza, recomendamos a aprovação do presente Projeto de Resolução”, afirma.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

sábado, 19 de julho de 2014

TURISMÓLOGO

O Turismólogo é o profissional de nível superior que conhece, analisa e estuda o turismo em sua totalidade. 
A profissão foi reconhecida no Brasil por meio da LEI Nº 12.591, DE 18 DE JANEIRO DE 2012, publicada no Diário Oficial da União de 19 de janeiro de 2012.

O termo Turismólogo surgiu no início dos anos 70, com o intuito de normatizar uma categoria de profissionais da área de turismo que não possuem reconhecimento pelo mercado.
Tecnólogo/Bacharel em Turismo = Turismólogo (graduados em Cursos Superiores em Turismo). 
Atribuições do Turismólogo, este deve se mostrar apto, por exemplo, a:

  1. Elaborar políticas de Turismo municipais, estaduais, nacionais, internacionais, transregionais e transnacionais.
  1. Elaborar o planejamento do espaço turístico; 
  1. Analisar e elaborar planos para o desenvolvimento do turismo de uma forma consciente; baseando-se em fatores sociais, culturais e econômicos presentes em cada região; 
  1. Elaborar e coordenar trabalhos técnicos, estudos, pesquisas e projetos em diferentes áreas do turismo (sobretudo academicamente); 
  1. Coordenar e orientar trabalhos de seleção e classificação de locais e áreas vocacionadas para o turismo; 
  1. Coordenar áreas e atividades de lazer para o público em geral; 
  1. Coordenar e orientar projetos de treinamento e/ou aperfeiçoamento de pessoal, em nível técnico ou de prestação de serviços, além de planejar e organizar eventos e viagens. 
  1. Lecionar nas inúmeras instituições (sobretudo as privadas) de ensino superior que oferecem o curso de turismo, notadamente no Brasil; 
  1. Atender a turistas, fornecedores e consumidores em geral em hotéis, estabelecimentos de A&B e entretenimento, agências e operadoras, aeroportos, bureaux e centro de convenções e eventos diversos; 
  1. Vender produtos e serviços turísticos os mais diversos seja autonomamente ou como encarregado no setor comercial em que esteja empregado; 
  1. Realizar as mais diversas tarefas em qualquer atividade que tenha algum envolvimento com o fluxo de veranistas e a dinâmica multidisciplinar e multidimensional do fenômeno turístico. 
Simplificado, este é o trabalho idealizado que se espera do turismólogo e que, frequentemente, não é compatível com a realidade do mercado. O turismólogo deve estar preparado para atuar em qualquer área do turismo, porém a abrangência da atividade requer deste alguma especialização, caso queira se destacar.

O Turismo como atividade econômica tem se mostrado um importante gerador de renda. Porém para que possa gerar seus efeitos positivos deve ser planejado de forma a não acarretar a degradação do meio ambiente ou a concentração dos benefícios gerados por grandes grupos econômicos, daí a importância do planejamento da atividade por um profissional habilitado.

A tendência é que com o crescimento da atividade, os turismólogos alcancem posição de destaque e ocupem cargos mais elevados nas organizações às quais pertencem, ou seja, proprietários.

O QUE É TURISMO!!

Turismo é fluxo de pessoas, integração e alteração de costumes e modos de vida.

É consumo responsável da paisagem. O turismo é multidisciplinar e envolve geografia (uso do solo) economia (efeito renda e emprego, balança de exportações) ecologia (recursos naturais) é história (patrimônio) é sociologia (costumes e qualidade de vida). 

Pode ser considerado como um verdadeiro fenômeno da sociedade atual.
É necessário ter uma visão do turismo baseada em quatro elementos: ambiental, econômico, social e cultural.
Não é porque o turismo é multidisciplinar que todos podem palpitar na gestão de um projeto. Cada um tem que opinar dentro da sua área. A multidisciplinaridade permite que o profissional de turismo para exercer com sucesso sua atividade, busque trabalhar em conjunto com outros profissionais como biólogos, geógrafos, administradores, economistas, profissionais de marketing etc... 

É necessário ter uma visão do turismo baseada em quatro elementos: ambiental, econômico, social e cultural. Não pode haver um trabalho isolado. Deve-se promover o envolvimento da comunidade local, usando o bom senso, de maneira séria e responsável, sem sensacionalismo.

O desafio da implementação do desenvolvimento sustentável no mundo está lançado. A integração entre governos, empresas privadas, organizações não governamentais e sociedade civil, para a construção de um mundo melhor, com preservação ambiental e vida digna para a população, vem sendo articulada por diversas pessoas sérias ligadas ao desenvolvimento do turismo .

A “identidade do” fenômeno “turístico”, a meu ver, deve ser configurada no cotidiano, nos possibilitando eleger como as oito maravilhas do turismo, as posturas a baixo mencionadas:

1)COMPETÊNCIA: capacidade de mobilizar, desenvolver e aplicar conhecimentos, habilidades e atitudes no desempenho do trabalho e na solução de problemas para gerar os resultados esperados. Um hábil administrador nos inúmeros campos profissionais, no convívio com as equipes multidisciplinares, sabe pedir o apoio de áreas afins, buscando entender o turismo em sua totalidade histórica e humanista.

2)CRIATIVIDADE: capacidade para promover a integração com o meio ambiente, criando situações onde o turista possa experimentar a natureza de forma prazerosa, além de dispor de conhecimento, que permita informar sobre cultura, história, flora, fauna, clima, particularidades, curiosidades da região e promovendo, assim, a educação ambiental, através de técnicas de interpretação da natureza, correlacionando com hábitos urbanos, evitando impacto ambiental acima do suporte de carga permitido.

 3)  SEGURANÇA: é necessário saber promover o bem estar e garantir a integridade física dos turistas, combinando com o grupo regras de convívio, viabilizar atividades de entretenimento, lazer e integração, criar relações positivas, manter a motivação na programação, dimensionar os passeios, escaladas e paradas, observar sinais de desgaste, recomendar alimentação e vestuário adequados às atividades, indicar locais para banhos, necessidades fisiológicas.

4) ORGANIZAÇÃO: elaboração do roteiro de maneira criteriosa, confirmando os serviços de apoio, garantindo a possibilidade de comunicação, providenciando transporte especial, garantindo o cumprimento da programação, providenciando alimentação de parada / percurso e acomodação, providenciando materiais e equipamentos necessários, manter em ordem a pasta com documentação da agência, ficha médica e termo de responsabilidade aceitando as condições do roteiro, informar chegada, elaborar relatório e registrar ocorrências orientar o preparo de refeições, o que pode incluir: indicar procedimentos de higiene e segurança alimentar.

5)    PLANEJAMENTO: divulgação de opções de interesse turístico, sugerir outros roteiros, recomendar pontos de compras e passeios adicionais. Orientar motorista, indicando roteiros, horários e pontos de parada, alertar sobre aspectos de segurança, conforto e velocidade adequada ao passeio. Ajustar roteiros, o que pode incluir: alterar atividades e programação considerando as vias de acesso e as condições climáticas, segurança e horários, redefinir trajeto e pontos de parada. Assegurando a satisfação dos clientes, o que incluem: observar a satisfação dos turistas, receber reclamações e sugestões, solucionar problemas e conflitos, indicar melhores posições para fotos e filmagens, apoiar pessoas com necessidades especiais, idosas e crianças, estabelecendo paradas especiais. Dominar roteiros de excursões em ambiente não urbano, o que pode incluir: demonstrar capacidade para conduzir grupos de turistas por percursos que incluam: recepção, traslado e pernoite.

6)    SERIEDADE: as competências necessárias ao alcance dos resultados esperados devem ser avaliadas através dos seguintes conhecimentos, habilidades e atitudes: conhecer flora, fauna, ecologia, geografia física, limites para suporte de carga. Conhecer cartas e mapas, escalas, curvas de nível e técnica de orientação com uso de bússola. Conhecer a legislação ambiental e técnicas de condução de grupo em ambiente natural, condicionamento físico e dimensionamento de esforço. Ser ético ao recomendar pontos de compras ou passeios adicionais

7)EMPREENDEDORISMO: estudos realizados identificaram a capacitação como uma necessidade imediata no atual cenário do turismo. É necessário conhecer as técnicas de entretenimento, lazer, integração e estratégia de solução de conflitos. Conhecer técnicas de vendas. Ser uma pessoa líder e controlado, prática, dinâmica e ativa. Ser empático e expressivo na comunicação, argumentar com lógica de maneira clara e articulada, sem vícios de linguagem. Ser uma pessoa tranquila e segura que mantém o equilíbrio emocional para administrar situações constrangedoras ou de emergência. Criar alternativas de emprego e de oportunidades de renda para as comunidades locais.

8) PROFISSIONALISMO: sólida formação crítica, permitindo que a pessoa entenda politicamente a formação de sua categoria enquanto organização política e sindical. E saiba lutar por um turismo autossustentável que preserve o ecossistema e os interesses nacionais no campo econômico, cultural e político. Apoiando a conservação das áreas visitadas através da geração de benefícios econômicos para as comunidades hospedeiras.

Neste meu processo de escolha das oito Maravilhas do Turismo, esclareço que turismo legítimo é aquele que apresenta um compromisso com a conservação ambiental e cultural e com o desenvolvimento social das comunidades envolvidas, consiste numa alternativa promissora para o desenvolvimento sustentável regional. “É preciso dimensionar o conhecimento e o potencial turístico da região, através do levantamento. de potenciais atrativos, diagnóstico e análise técnica empresarial dos atrativos. naturais e culturais de maneira responsável e construtiva é necessário saber “globalizar, regionalizando".

Edison Vitor Franco – Turismólogo ABBTUR Nº 15.383/RS – Guia de Turismo com Registro no Cadastur Mtur nº 23.010204.96-0 e Administrador de Empresa com Habilitação em Comércio Internacional, CRA/RS nº 033886.



domingo, 5 de janeiro de 2014

BANDEIRA MISSIONEIRA.

Para aqueles que não acompanharam a criação da Nação Missioneira - documento firmado no dia dos 403 anos das Missões - 29.12.2012.


 
Um ano depois da assinatura do documento de criação da Nação Missioneira, ocorrida em 29 de dezembro de 2012, as comunidades dos 30 Povos das Missões do Rio Grande do Sul, situadas no Brasil; Missiones e Corrientes situadas na Argentina; Itapua e Missiones situadas no Paraguai estabeleceram (decidiram criar uma bandeira para o uso comum) uma bandeira comum. A bandeira foi elaborada na cor avermelhada para lembrar a terra ensanguentada pelo sangue do povo missioneiro ocorrido nas guerras. No centro dela está a Cruz Missioneira, na cor dourada para referendar a lembrança do Cristo ressuscitado.


No dia 29 de dezembro de 2013 ocorreu o evento de instituição do símbolo da Nação Missioneira. Esta data foi escolhida por se tratar do dia da comemoração dos 404 anos das Missões em San Ignácio Guazú, primeira Redução Jesuítico-Guarani, fundada em 1609. A cerimônia foi coordenada pelo Provincial dos Jesuítas,  Alberto Luna, sendo que na ocasião foi celebrada uma missa festiva e também a benção da Bandeira.


Na sequência das comemorações, após a apresentação da orquestra local então foram distribuídas as bandeiras para cada região missioneira: Brasil, Argentina e Paraguai.

Momento após a Missa de Benzimento da Bandeira da Nação Missioneira. [San Ignácio Guazú, no dia dos 404 anos das Missões - 29.12.2013] — com Carlos Bedoya, Julio César Vázquez, José Roberto de Oliveira  e Eduardo Alfredo Galeano.
  
Deste modo mais de um milhão de Missioneiros, distribuídos nos três países, agora têm um símbolo comum que é a Bandeira da Nação Missioneira. Sua criação foi inspirada no período da Guerra Guaranítica, ocorrida entre 1754 e 1756. Entre os destroços de Guerra foram encontradas várias bandeiras na Batalha de Caiboaté, conforme os relatórios oficiais, tanto do exército português como dos espanhóis, os nativos usaram a bandeira como símbolo máximo da luta missioneira contra as forças opressoras externas.

A ideia de Nação Missioneira acena para o pertencimento de uma cultura e origem comum (étnica), histórica e de sentimentos de amor à identidade, portanto não poderá ser confundida com a ideia referência a um novo país. “Uma das características essenciais de Nação é que não necessita de um território próprio e nem governo soberano, é essencial um coletivo de pessoas com origem e destino comum, unidos por uma história”.


 
Visitando os 30 Povos Missioneiros são possíveis verificar a mesma origem, traços comuns do modo de ser e vontade de resgatar e preservar uma história que se estende até à atualidade. Basta que se recorde os 160 anos quando foi vivida uma das mais belas experiências da humanidade, citada expoentes da História e da Filosofia. Voltaire denominou de “Triunfo da Humanidade”, Montesquieu como “Primeiro Estado Industrial da América”. Charlevoix e Muratori como um modelo sem precedentes de sociedade cristã.

Posteriormente mente a revista Lês Lettres Edificantes et Curieuses, dirigida pelos jesuítas, comparava os guaranis aos primeiros cristãos e descrevia suas comunidades como a ‘realização ideal do cristianismo’. O Abade Carbonel definiu como “coletivismo espontâneo”. Pablo Hernandez na Organización Social de lãs Doctrinas Guaranies escreveu que o maravilhoso surgia a cada passo. O filósofo Rayal registrou: “Aí se observavam as leis, reinava uma civilidade exata, os costumes eram puros, uma fraternidade feliz unia os corações, todas as artes de necessidade estavam aperfeiçoadas. A abundância era ai universal, teve a graça das crianças, uma pureza repleta de candura. O mundo novo que estamos procurando realizar não pode menosprezar a lição fornecida”.





A bandeira poderá infundir o “Orgulho de ser Missioneiro” por recordar a irmandade com os missioneiros do outro lado do rio Uruguai e do rio Paraná, ou seja, com os argentinos e os paraguaios. Que a bandeira missioneira ultrapasse o pensamento que a história mais recente construiu, da visão de povos inimigos. Cada um de nós poderá refazer as ideias de Roque Gonzáles de Santa Cruz, Antônio Sepp, Sepé Tiaraju e tantos outros protagonistas da construção desta história da qual hoje ainda fazemos parte, pois assim poderemos compartilhar o sentimento de “gente de uma mesma nação”, nossa Nação Missioneira. 
  

AMIGOS: ESTA É A BANDEIRA DA NAÇÃO MISSIONEIRA; AJUDEM A DIVULGAR.


     
A Bandeira da Nação Missioneira na Redução de São João Batista - Primeira fundição de aço da América e local da criação da Harpa Paraguaia. — com Eduardo Alfredo Galeano, José Roberto de Oliveira e Luis Ernesto Noriega.
A Bandeira da Nação Missioneira em frente a Catedral em Santo Ângelo, a última das reduções dos 30 Povos. “O Caminhantes do Caminho das Missões estavam chegando naquele momento”. — com Caminho Das Missões, Eduardo Alfredo Galeano José Roberto de Oliveira e Luis Ernesto Noriega.

Fonte: José Roberto de Oliveira:
E-mail: joseroberto_deoliveira@yahoo.com.br
fone: 55.9638.6360.
Editado por Edison Franco.